segunda-feira, 20 de junho de 2022

 




Encontro Nacional da Articulação das Pescadoras


Data:07 a 08\06\2022

Local: Recanto dos Pescadores- Olinda -PE

Tema: Na Luta e Pesca Mulheres Construindo Direitos!

1.      Situação Política e Pesca- leitura da realidade

 


Em RN apesar ter eleito uma mulher para governo do estado e ser de esquerda falta politica para apoiar pesca . A aliança com o centrão o estado perdeu. Falta ação para as mulheres, foi uma decepção. Só contamos com apoio de deputada Natalia Benevides-Dep. Federal.

Ceará – tem acesso ao governador, mas o governo dar com uma mão e tira com a outra. Luziane não fez nada . Na pandemia o governo fez boa ação.

Em PE a situação não é fácil, o governo não ajudou na pandemia não fez nada para fortalecer a pesca.

Na BA, no caso do petróleo mais a pandemia o  povo que vivia com fartura passou a viver sem comida, a prefeita ajudou com uma cesta básica. Não tivemos como pagar agua e energia.  O governo de Rui Costa é de esquerda com perfil de direita, não se comprometeu com a pesca artesanal . Não tivemos apoio das prefeituras. Fizemos projeto para consegui cestas básicas .

O governo do Maranhão não tem projeto nenhum para pesca. O pescador quando se aposenta o representante das colônias faz para que tirem R$15.000,00 de empréstimo que fica para o presidente da colônia e pescador paga por 7 anos.

Em SC, o governo deu auxilio de 4 meses , mas descontou no seguro defeso . Com a enchente abriu a barra da lagoa.

Em MG, o pescador artesanal está passando por muita; dificuldade de tirar a carteira, passando necessidade de comida, conflito pelo território pesqueiro.

NO AM, o governador não tem política publicas para a pesca, principalmente para as mulheres, mesmo tendo uma secretaria de mulher, mas nada faz. Na pandemia chegou cesta básica.

Com o avanço das águas do mar no rio faltou agua doce para beber. Não houve doação de água para as famílias.

O governo federal enfraqueceu os movimentos de mulheres. dificuldade com a situação financeira, também de receber o seguro defeso por causa das carteiras- só com o protocolo não recebe

No PR, O conselho estadual de povos indígenas e comunidades tradicionais na pandemia conseguiu ajudar com cestas algumas comunidades, mas teve comunidade que não recebeu ajuda.

 

 

2. Oficina sobre Rodas de Conversas sobre a Vida das mulheres:   Coordenada por Analba Brazão Teixeira- SOS Corpo

Com objetivo de repassar uma metodologia e instrumento que ajude as lideranças trabalhar nos estados. O primeiro instrumento foi construído no contexto da Pandemia trabalha 4 temas centrais em grupo com  perguntas, e refletir sobre como está a vida das mulheres no seu território ou categoria: 1. pobreza e fome; 2. violência; 3. trabalho precário e desemprego; 4. acesso à saúde

Depois  diante do que foi levantado é refletir  COMO ENFRENTAMOS TUDO ISSO? – 30 minutos - Na roda, quem estiver coordenando pede para virar o cartaz e todas olharem as figuras do lado que tem o título PARA A VIDA MELHORAR, TEMOS QUE NOS ORGANIZAR;

Neste momento houve trabalho em grupo para que todas aprenda trabalhar nas suas bases



Grupo Pobreza e Fome:

O Crime do petróleo colou com a pandemia , foi deficil de suportar. A mãe  que estava em situação critica com 4 filhos para cuidar, medo de não ter o que comer, só tinha o marisco. Tem outras formas de fome e muitas foram buscar refugio na bebida. ¨ Carolina Maria de Jesus¨já falava que havia famílias que levantavam tarde porque não tinha o que comer. Assim diminuía as refeições.

É preciso fortalecer a corrente do bem para acolher as companheiras – sopa solidarias ....

O medo do adoecimento , teve mulheres que não recebeu o auxílio  emergencial

Grupo de trabalho precário e desemprego:

Perda dos territórios pela existência dos grandes projetos econômicos; alta jornada de trabalho (pesca, cuida das crianças, participar das organizações comunitárias...); politicas publicas emergenciais não tratam as questões estruturais que impactam a vida das comunidades pesqueiras; territórios adoecidos; burocracia dos órgãos de regularização fundiária, não reconhecem os territórios tradicionais; falta de apoio a  projeto sustentáveis para pesca artesanal; o machismo nas estruturas organizativas da pesca e também nas empresas capitalistas; violências e desigualdades de gênero; pescadoras não são reconhecidas como trabalhadora .E sim como ajudante, se faz necessário afirmação da identidade da pescadora artesanal.

Grupo Acesso a saúde:

SUS sucateado- mais temos que dizer não a privatização; falta especialistas nos postos de saúde;  adoecimento do corpo da mente; o adoecimento das aguas ,petróleo, mineradoras, esgotos. O Rio São Francisco cheio de peixe morrendo, o povo não compra o peixe com medo da contaminação ; luta pela vacina por causa da negação do governo;

Grupo da Violência:

Os auxílios emergencial alimentou a violência pelos homens que não recebeu o auxílio; diversas formas de agressões verbais que diminui a companheira , muitas vezes para atingir as mulheres as agressões são com os filhos, o homem não aceita que a mulher ganhe mais que ele; a maioria não são marido e sim encosto; a violência que leva a dependência emocional e psicológica ; racismo, feminicídio esta mais forte nesse contexto politico . 

Normalmente neste grupo surge depoimentos de violência , é fazer um pacto de entre as participantes para não comentar e não gravar na comunidade o que for falado nem  registrar para garantir a privacidade das mulheres. Normalmente de ser acolhida com respeito solidariedade.

Desafio: levar mais conhecimento as mulheres

Ao final da apresentação dos grupos as animadoras fazem uma contribuição com os principais pontos e abre para debate. Por que aumento da fome? Porque o SUS está sucateado; por que o aumento da violência?  E muito importante a reflexão coletiva de como sai dessa situação. O instrumento é bem prático. Foi distribuído o painel e a metodologia para que as coordenadoras tenham condições de trabalhar em suas bases.

 

 


 

 


3.      Refletindo a situação da ANP nos estados e Eleição da secretaria.

 

No Pará a situação da urina nos levou a fazer diversas reuniões, isso durante a pandemia. Tivemos  avanços no reconhecimento da ANP pelo INSS, isso provocou uma  melhora o atendimento as pescadoras e pescadores nos Posto de saúde.

As colônias dos pescadores chamaram para fazer parcerias – isso é um avanço.  Tem perspectiva de avançar com articulação das pescadoras no estado.

Onde precisa melhorar: ter recursos financeiro para articular nas regiões. Foram feitos rifas, bingos para arrecadar recursos.  Isso tem ajudado mais ainda é um desafio para o tamanho do estado, mas precisamos chegar em outras comunidades.

No Ceará desde do Petróleo que afetou diretamente as mulheres, acendeu uma luz que a ANP precisa trabalhar mais com as mulheres-  A Pandemia prejudicou o processo de articulação das mulheres- Depois veio a doença da  Urina preta, foi realizado audiência- continuamos os encontros estaduais.

O projeto da Eólica no mar será mais um problemas que afetará o território pesqueiros e que temos de enfrentar.

Precisamos de apoios financeiros, fazer campanha. Fazer projetos , de provocar a chegada de jovens no grupo.

Apoio da Fiocruz- nas pesquisas sobre a contaminação está sendo importante para levantar o impacto do petróleo nas vida das pescadoras e nos pescados.

Na Bahia- o que aprendemos durante o crime do petróleo? o aprendizado foi a venda justa e troca de alimentos, a plantação de hortas comunitárias, não é suficiente para garantir a sustentação das famílias mais foi grande passo. Construção da casa de farinha comunitária, laboratório fitoterápico  e o Convenio com UFBA- na questão de acompanhamento a saúde.

Avanço de formação dos jovens – Elionice é considerada por nós aquela que abriu caminhos no espaço da universidade é por sensibilizar outras pessoas  para nossa causa...

Importância da juventude para avançar no acesso à tecnologia

Avanço das drogas nos nossos territórios- com a chegada dos grandes projetos quem morrer é a juventude e mulher.

O que podemos melhorar: Educação, o fato que tem muito pescadores ocupando a universidade tem incomodado muita gente, tentativa de constranger, desmotivar.

As mulheres assumem ser feminista mais precisam ser mais solidária com os problemas com as outras nos estados- cuidado com fragilidade do MPP e da ANP.

Ormezita- Tensão interna do MPP e CPP, situação deligada. Está deligada e o CPP nacional está cuidadoso em se posicionar. [i]

No Espírito Santo- tem apoio do MPP, CPP- com a pandemia- Não teve encontro nacional  que estava previsto a ser realizado  no estado.  Faz muito tempo que não temos  encontros no estado e nos municípios .

Desafios: rearticular o estado, que está desmobilizado. Se Articular com as mulheres mais próximas

Participar da conferência da saúde, da mulher- as conferencias está sendo centralizada.

Tem a perspectiva fazer encontro de pescadoras  em julho de 2022.

Maranhão-  O estado está desorganizado- tem grupo de mulheres que faz artesanatos, com a pandemia enfraqueceu muito. A colônias desmotiva as mulheres a participar de articulação.  Com as reuniões da saúde muitas mulheres se libertaram das agressões dos maridos.

No Maranhão não estão organizados, mas consegui chegar em lugar onde não tem ANP é MPP. Falta apoio de um projeto para chegar em mais pessoas, lugares.

Desafio é fortalecer a os movimentos- tem uma formação MPP e ANP de forma conjunta- foi formado uma comissão: Ana Hilda, Dona Francisca, Vanessa,...Dia 14 vai ter reunião na Camboa Maranhão. Valorizar a participação das jovens. Retomar o apoio do Ceará para fortalecer o estado do MA.

Paraná-  A ANP não conseguiu avançar, com a pandemia ficou mais difícil, perdemos o contado com as pessoas . Tem associação das mulheres, estamos articulando as mulheres, tem muitos problemas nos territórios .

Desafio é fortalecimento da articulação das mulheres, .

Rio Grande do Norte- Na pandemia, as mulheres foram muitos prejudicadas , conquistaram ajudas com cestas básicas.

A ANP está fortalecida, está em 8 municípios, e nas diretorias das colônias e na federação, nos conselhos de saúde, no conselho da pesca.

Em 2022 já realizamos 3 rodas de conversas. Dificuldade é o financeiro, para fazer mais atividade da ANP. Estamos dando bons frutos. Vivendo melhor momento.  Em Muriu fez uma vaquinha para ajudar nos eventos. Eventos com mais 60 pessoas.

Santa Catarina-muito problemas nos cadastramentos do RGP, as que já foram feitos há tempo mais nunca chega.

Em 10 de maio abriu a  pesca da tainha- a pesca é liberada por sorteio. Isso por que tem controle da  pesca. Mas causa problemas com os  pescadores, que fica sem pescar.

Com a pandemia a situação ficou mais difícil. Fizemos uma roda de conversa, mais precisamos de apoio para ir para outras comunidades.

Avanços: Ipagre realizou cursos para mulheres- 2021.

Luta a anos  para abertura da barra, agora com as chuvas foi aberta.

Perspectiva- fazer o projeto para resgatar a culinária tradicionais- Sabor e saberes.

Desafios ter mais uma pessoa para avançar na articulação e para fortalecer mais na base. Regina é grande apoio.

Minas Gerais  – sem carteira, sem auxílio maternidade, auxilio doença, sem aposentar. Falta recurso financeiro, contamos ajuda do CPP. Vai acontecer encontro de mulheres em 29 a 30 de julho- em Januária. Seminário sobre território e perda de direitos

O contexto grave, tem famílias inteira na proteção judicial, por causa dos fazendeiros que querem tirar as famílias dos territórios. Em agosto terá audiência pública.

Amapá-  A articulação está mais localizada em Bailique, já havia trabalho com mulheres antes de conhecer a ANP. O movimento enfraqueceu- mas depois que conheceu a ANP fortaleceu mais , e levamos o nome ANP.  Já fomos para outras colônias e não querem o movimento, porque tem medo .

O Felico é MPP, e juntos nos fortalecemos nas lutas. São 48 comunidades atingida pela colônia- o pessoal só  paga colônia na época do defeso.

Fazemos reuniões com poucas mulheres, porque com muitas os custos sobem. Hoje o combustível está em torno de R$8,50. Também faz reuniões em  Macapá

Dificuldade financeira. Avançar nas outras colônias para levar o nome da ANP e MPP- dificuldade em registrar as atividades(fotos, registro)

Foi realizado Fez protocolo comunitários-(protocolo de consulta) mas não  mudou nada para comunidade.

Perspectivas Fazer um projeto para ANP  para ajudar os estados e realizar Encontro de mulheres marcado 12 a 13 de agosto.

Piauí -Por questão de saúde as representante do Piauí não puderam participar do encontro. Mas Maninha- que participou do encontro estadual partilhou a realidade do estado. Foi realizado  trabalho de base nas comunidades e depois teve encontro. A ANP está bem estruturado, tem apoio do professor Vlademir, da Fiocruz. Foi bom a participação da juventude.

Perspectiva de levar a ANP para outros espaços. Tem apoio  do MPP, Dona Celeste é um exemplo porque ela é MPP e ANP.

PE- Joana- o crime do petróleo afetou diretamente mais o litoral sul mais atingiu todo estado.

Tem gente doente- não teve ajuda do governo, fez cadastro nas colônias , alguns receberam o auxilio do governo . governo do estado foi omisso com  a pesca. A Pandemia, gerou muita fome e adoecimento e morte. O apoio do CPP, FASE, SOS Corpo para garantir cestas básicas e no acompanhamento psicológico.

Situação foi muito triste, sem nenhuma ajuda- IABS ajudou – passou 3 meses dando cesta em Itapissuma. E realizou estudo no canal de Santa Cruz para ver se  o pescado no cana de santa cruz estava  contaminado , mas foi detectado que não estava.

Foram realizados 8  rodas das conversas que vem fortalecendo as pescadoras e a ANP com apoio do SOS Corpo e CPP.

As enchentes vêm prejudicando mais uma vez a vida das pescadoras e dos pescadores– Até o momento não teve ajuda do governo que tem é ajuda de outros órgãos.  desafio é receber o chapéu de palha.

Perspectiva Encontro Estadual ANP, em 11 a 13 de julho, com participação  2 pescadoras de cada comunidades. Encontro de 2 encontro litoral norte 16 de agosto e 13 de setembro de 2022. Com apoio do CPPNE, FASE e SOS Corpo.

Homenagem da Vereadora Dane Portela – do PSOL- aos movimentos Feminista e a ANP como articulação de luta pelo Direitos das Mulheres Pescadoras

4.      Eleição da coordenação: aconteceu por indicação.

 


Foram indicado Piauí e Pernambuco, sendo que Pernambuco se retirou e  por unanimidade o Piauí foi  para assumir a  secretaria.



 


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