segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Após manifestação em Salvador, pescadoras avançam em relação ao RGP e conseguem parcerias contra o decreto 8425

Depois de dois dias, 20 e 21, ocupadas na sede do Ministério da Pesca da Bahia, pescadoras ligadas ao Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e à Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) conseguiram a liberação de 400 Registros Gerais de Pesca (RGP) pedentes de 2011 a 2015, além do descancelamento imediato de dezenas de registros e da recepção de novas inscrições iniciais de RGP com prazo de um mês para entrega. A manifestação também resultou na criação de uma agenda com órgãos e instituições de apoio aos povos e comunidades tradicionais para incidir na revogação do decreto 8425 que vem afrontando os direitos das percadoras e dos pescadores artesanais do Brasil. Na ocasião, também foram coletadas assinaturas para a Campanha Nacional pela Regularização do Território Pesqueiro.

Para assinar a petição online contra o decreto 8425, clique aqui

Confira fotos do ato feitas pelo MPP e pela ANP durante a manifestação que acabou com um almoço coletivo:








quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pescadoras ocupam Ministério da Pesca na Bahia e realizam atos públicos em defesa da sua identidade cultural

Por MPP Bahia

Desde a manhã de hoje, mais de 500 pescadoras integrantes da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) e do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) ocupam a sede da Superintendência da Pesca e Aquicultura na Bahia e realizam diversos atos públicos em frente ao Elevador Lacerda em Salvador. O ato segue até o dia de amanhã.

As pescadoras denunciam as arbitrariedades do governo federal que visam negar a identidade cultural das pescadoras conforme descreve de forma autoritária o decreto 8425 que entrou em vigor no dia 15 de Julho de 2015. Ao mesmo tempo, querem dar visibilidade a importância cultural, social e econômica das atividades pesqueiras praticadas tradicionalmente por essas mulheres.
Assine a petição online contra o decreto 8425, clique aqui.



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Encontro Estadual das Mulheres Pescadoras acontece em Pernambuco

Ontem e hoje, acontece o Encontro Estadual das Mulheres Pescadoras de Pernambuco, no município de Gaibu, Litoral Sul do estado. O encontro é uma iniciativa da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) e reúne mulheres do Litoral, do Agreste e do Sertão de Pernambuco para discutirem estratégias de luta a nível regional e nacional, entre elas, ações para derrubar o decreto 8425, que entrou em vigor no último mês de julho, e o fortalecimento da Campanha Nacional pela Regularização do Território Pesqueiro. 

Para assinar a petição online contra o decreto, acesse aqui.



sexta-feira, 6 de março de 2015

Articulação Nacional das Pescadoras: a contribuição das mulheres para a luta das comunidades pesqueiras do Brasil.

Por Assessoria de Comunicação do CPP Nacional | Texto: Méle Dornelas

Fundada em 2005, a Articulação Nacional das Pescadoras do Brasil (ANP) representa uma vertente
dos movimentos sociais na qual as mulheres começam a inserir junto às questões de seus grupos pontos no âmbito do gênero. Indo de encontro à lógica patriarcal vigente na sociedade, as pescadoras do Brasil perceberam a necessidade em se organizarem coletivamente a fim de garantir diretos que sempre lhes foram negados. Antes vistas só como “ajudantes” de seus maridos, as mulheres do mundo da pesca querem não só o reconhecimento como atoras importantes para a produção pesqueira nacional, mas também como agentes essenciais para a luta das comunidades pesqueiras.

Com o Dia Internacional da Mulher chegando, 08 de março, trazemos essa entrevista com duas integrantes da ANP, a pescadora de Itapissuma/Pernambuco, Joana Mousinho, e Maria Eliene (Maninha), pescadora de Fortim/Ceará. 

CPP: Como foi o início da luta das mulheres pescadoras no Brasil?
Joana: A organização para a nossa luta começou em Itapissuma/PE, nos anos 70, com o apoio da Irma Maria Nilza. A irmã veio da Paraíba, e quando chegou por aqui, começou a reunir as mulheres para discutir o evangelho e questões de direitos e deveres. As primeiras mulheres a tirarem a carteira de pescadora foram de Itapissuma graças à mobilização feita por nós. Depois de Itapissuma, esse direito foi chegando em outras cidades, expandindo nossa luta. Com o apoio do CPP, a luta das mulheres conseguiu chegar a mais comunidades espalhadas pelo Brasil.

CPP: Em 2005 surgia a ANP, como foi o processo de fundação e quais as principais dificuldades que vocês encontraram?
Joana: A ANP surgiu quando o governo federal convidou as mulheres pescadoras do Brasil a participarem de um Congresso em Brasília para fazer discussões sobre a realidade das mulheres da pesca. Nós fizemos diversas propostas e nenhuma saiu do papel, por isso, resolvemos fundar a ANP, para que nossas pautas se fortalecessem e fossem conquistadas.
Maninha: Vimos a necessidade de formar um grupo e nos fortalecer pela dificuldade de sempre estar indo de encontro em encontro. Formamos a ANP porque nada do que a gente falava era considerado por ninguém que não fôssemos nós mesmas. A dificuldade que sentimos foi porque eram poucas mulheres, pois seus companheiros não as deixavam sair para passar vários dias fora de casa. E ainda porque muitas não conheciam seus direitos.

CPP: Quais mudanças para as mulheres podem ser exaltadas desde a fundação da ANP?
Joana: Desde o apoio da Irmã Nilza que vemos que o avanço foi muito grande. Antes, a gente como mulher nem conseguia chegar numa colônia. Hoje, muitas de nós somos até presidentes de colônias. Antes, as mulheres não podiam se aposentar, a gente tinha que esperar o marido morrer pra ter acesso à sua aposentadoria. Só em 1993 é que as mulheres casadas passaram a ter direito a se aposentar. Não tínhamos direito ao salário maternidade, e hoje já temos. Só em ver o número de mulheres cadastradas nas colônias, as mulheres aposentadas e a união de grande parte das mulheres para defender os direitos, percebemos como são muitos os avanços. Com a ANP, conseguimos o contato com o Ministério da Saúde, com quem estamos debatendo as nossas doenças ocupacionais. Ainda podemos ver mulheres da pesca saindo para outros países para falar de nossas questões. A ANP ainda está inserida em outras articulações, como a Articulação de Trabalhadoras Rurais, o que esta dando uma visibilidade muito grande para nossa luta.
Maninha: Com a ANP, muitas agora saem para os encontros e possuem mais conhecimento. E hoje também não temos vergonha de dizer que somos pescadoras ou marisqueiras.

CPP: Como você percebe o papel das pescadoras na luta das comunidades pesqueiras atualmente? Qual o papel delas na luta em defesa do território tradicional pesqueiro?
Joana: Eu acho que na luta em defesa dos territórios pesqueiros, as mulheres são muito atuantes. Vemos mais mulheres nas ocupações, nos manifestos. E isso porque é a gente quem mais sofre, nós é que estamos ali na beira da praia todo dia, enquanto os homens estão no mar. Quando expulsam nossas comunidades, somos nós que estamos lá. Os homens também sofrem, mas a carga maior recai na gente.

CPP: Em relação às doenças, há também uma maior incidência entre as mulheres?
Joana: A gente adoece mais rápido porque temos várias jornadas de trabalho: tomamos conta da casa, maridos, filho; pescamos, cuidamos do produto pescado, vamos às feiras comercializá-los.
Maninha: Sim, há uma maior incidência ente as mulheres. A mulher quando vai pescar e está menstruada, por exemplo, fica mais vulnerável. Também pelo trabalho que estamos inseridas: por estarmos quase sempre em contato com a água, pelo nosso tipo de coleta, estamos mais expostas. Nós estamos mais nos mangues, em contato com as águas, e ficamos mais expostas a pegarmos doenças, pois muitas dessas águas estão poluídas.

CPP: A luta das pescadoras possui linhas específicas. Quais as principais questões pautadas pela ANP hoje?
Joana: As doenças ocupacionais, o próprio território pesqueiro, a briga por causa da pensão por morte (marido) e a incidência no MPA que não está fazendo a carteira de pesca, e com isso estamos perdendo os direitos previdenciários. Ainda tem a nossa luta por causa da água que está sendo privatizada.
Maninha: O reconhecimento das doenças ocupacionais; nossos direitos previdenciários; o acesso à terra e à água; a ampliação da ANP com mais pescadoras e a ampliação das políticas específicas para a mulher da pesca.

CPP: De quase 10 anos para cá, foram realizados quatro encontro Nacionais da ANP. Qual o balanço que você faz desses encontros e quando teremos o próximo?
Maninha: Eu vejo as mulheres bem preparadas para buscar nossos direitos, além disso, aconteceu um crescimento da mulher no seu papel e a gente vê a presença do MPP e da ANP em encontros internacionais. Ainda temos o engajamento com outros movimentos e redes. Nosso próximo encontra acontecerá no Maranhão em 2016.

CPP: Como está a relação junto ao governo? Agora em abril vocês terão reuniões em Brasília, poderia nos adiantar quais as prioridades para essa agenda?
Maninha: De 06 a 10 de abril, vamos ter reunião com o Ministério da Saúde para tratar sobre as doenças ocupacionais e também com o Ministério da Pesca e a Superintendência Geral da União (SPU) para tratar de outras pautas.

CPP: Cerca de 70% do pescado nacional vem da pesca artesanal, mas o governo desconsidera esse número negando a importância das comunidades pesqueiras para o país. Sabemos que a questão é ainda mais profunda quando falamos do trabalho das mulheres. Como as pescadoras se inserem na produção pesqueira e por que podemos considerar que esse processo de invisibilidade é ainda mais forte para elas?
Joana: Acho que nós contribuímos até mais do que os pescadores, porque a gente ainda beneficia os nossos produtos. Fazemos caldinhos, arte para vender nas praias, por exemplo. O Sururu, o marisco, o aratu, e peixes (muitas pescam também) surgem do nosso trabalho, muitos desses frutos os homens não pescam, só nós.
Maninha: Nós nos inserimos pelo nosso trabalho porque sem ele a produção pesqueira não seria de 70%, e nós MULHERES também colocamos o pescado na mesa do Brasileiro. E as mulheres são mais invisibilizadas porque o homem já leva a fama de pescador, e a mulher não, e isso porque eu acho que o machismo esta na própria sociedade e também no MPA que não nos considera.

CPP: O protagonismo das mulheres é evidente no Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP), mas isso reflete dentro das comunidades? Como o machismo pode frear os avanços conquistados?
Joana: Tem mulheres que pagam a colônia dela e dos maridos, pois possuem já as condições e querem os incluir. Mas existem lugares em que o machismo é tão forte que as mulheres tem medo de serem prejudicas, de serem ameaçadas. Homem que é presidente e não quer que as mulheres participem das decisões…
Maninha: Hoje as mulheres se sentem encorajadas para a luta junto com seus companheiros. Porém, apesar de antes ser mais forte, muitos maridos ainda não deixam as mulheres participarem dos processos.

CPP: A ANP é sem dúvida uma importante articulação para a luta das pescadoras e exemplo para a luta das mulheres de todo Brasil e de diversos segmentos. Quais conquistas você espera para a ANP nos próximos anos?
Joana: Espero que a gente fortaleça o discurso da água, que se resolva esse caso das nossas carteiras, que também é uma causa dos pescadores. Quando brigamos, brigamos pelos homens também. Que a gente consiga as assinaturas em defesa do nosso território pesqueiro.
Maninha: Esperamos ter mais visibilidade e empoderamento das mulheres pescadoras; queremos o reconhecimento das doenças ocupacionais pelo SUS e INSS; esperamos mais companheiras na luta e também fortalecer a base através de nossos conhecimentos. Ainda: espero o sucesso da nossa Campanha pelo Território Pesqueiro.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Encontro da ANP aprova sua carta final

Durante quatro dias, integrantes da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) estiveram reunidas
em seu IV Encontro Nacional, que aconteceu em Pontal do Paraná/PR, discutindo acesso aos direitos previdenciários das pescadoras e saúde de qualidade para a categoria. O momento, que teve seus debates finais na manhã da última sexta-feira, 29, levantou questões essenciais para a qualidade de vida das pescadoras.

O fechamento do evento contou com a aprovação da carta final que traz a importância do Encontro para a construção de estratégias da articulação, seus desafios e principais bandeiras de luta. Além disso, a carta faz denuncias sobre a atual política pesqueira no Brasil, que busca invisibilizar as comunidades pesqueiras, e o descaso dos Ministérios da Pesca e da Previdência Social com o Encontro ao enviar representantes que não poderiam responder às demandas das pescadoras a nível nacional.

Confira a carta completa, clique aqui.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pescadoras denunciam dificuldades junto ao SUS e discriminação da categoria pelo INSS

A Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) aponta o descaso e a precarização do SUS,  o seu desconhecimento sobre a realidade e as especificidades das pescadoras/es artesanais e a discriminação da categoria junto ao INSS.

Durante o IV Encontro da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), que vem levantando as
questões dos direitos previdenciários e saúde de qualidade para as mulheres do mundo da pesca artesanal, pescadoras de todo Brasil puderam relatar suas experiências com o Sistema Único de Saúde (SUS) e o INSS. No debate, as pescadoras contaram com a participação de representantes do Ministério da Previdência Social do Paraná e do Ministério da Saúde.

As pescadoras reclamam de um claro racismo institucional que sofrem nos serviços do SUS e da falta de um atendimento especializado e de qualidade por parte dos médicos. “Nos tratam como nada, não olham para a gente. Cheguei com um problema no olho, o médico disse que era uma simples conjuntivite e hoje, já perdi boa parte da minha visão”, denuncia uma das participantes. Por considerarem o SUS importante para a sociedade, a ANP exige a sua melhor qualificação para que ele possa atender a todos e todas de forma democrática.

E se no SUS as mulheres das águas passam por casos de opressões, nos atendimentos com os peritos do INSS essa situação é ainda maior. Há discriminação também nesse meio, o que prejudica o acesso aos direitos das pescadoras. “Eles se julgam aptos a dizer se somos pescadoras ou não apenas levando em conta nossa aparência”, comentam. Além disso, existe o desconhecimento das doenças ocupacionais das mulheres da pesca.

Segundo a pescadora Maria Eliene (Maninha), o INSS não reconhece as mais de 60 doenças ocupacionais que acometem as pescadoras, exemplo a LER, e que já são conhecidas em outros setores do Estado. “É necessário que exista um cruzamento de dados entre o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho, o Centro de Referencia em Saúde do Trabalhador (CEREST) e o INSS para serem levantados de forma mais precisa as incidências de acidentes de trabalho no mundo da pesca”, comenta Maninha.

Para as pescadoras, o INSS deve capacitar melhor seus agentes para que esses possam oferecer um atendimento adequado e digno. “O INSS precisa compreender profundamente a vida dos homens e das mulheres das águas, então, que façam capacitações para se pensar a questão do território pesqueiro e a vida das nossas comunidades”, comentou a integrante da ANP, Elionice Sacramento.
O Encontro da Articulação Nacional das Pescadoras começou na manhã do último dia 26 e acontece até a próxima sexta-feira, 29, em Pontal do Paraná/PR.

Proteção do Território Pesqueiro e saúde de qualidade
Muitas falas no Encontro remeteram a defesa do território pesqueiro livre e preservado à garantia da saúde de qualidade para pescadores e, principalmente, pescadoras artesanais. Atribuem a isso o fato do modelo desenvolvimentista atropelar os povos e as comunidades tradicionais, destruindo seus território, o que inclui a poluição das águas. São inúmeros os casos de pescadoras com doenças, como as de útero, devido aos agrotóxicos nos rios, mares e lagoas. Para a ANP, garantir o território de pescadoras e pescadores é contribuir para a saúde de qualidade das comunidades pesqueiras, especialmente das mulheres.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

ANP debate superação do machismo como ferramenta de luta para a conquista de direitos das pescadoras

“Mulher, sai dessa cozinha e vem ocupar o teu lugar”. Com esse canto, iniciaram-se hoje os debates
do IV Encontro da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), que acontece em Pontal do Paraná/PR e vai até a próxima sexta-feira. A primeira manhã do evento fez uma memória da história da ANP e enfatizou sua importância para a conquista dos direitos das pescadoras e a superação do machismo e do preconceito no mundo da pesca e na sociedade.

A desvalorização das mulheres causada pelo machismo na população também atinge as pescadoras que são invisibilizadas e com isso, muitos de seus direitos são negados ou chegam com muito atraso em relação às conquistas dos pescadores. “Nós só conseguimos o direito à aposentadoria em 1993, e isso depois de muita luta. Antes, esse direito só era dado aos nossos companheiros, pois o Estado não reconhecia nosso trabalho. E, ainda assim, ainda temos dificuldade em acessar essa aposentadoria”, relatou a pescadora de Pernambuco e militante da ANP, Joana Mousinho.

Segundo Joana, por muitos anos as pescadoras lutaram para conquistar políticas, mas nunca eram ouvidas. Nas conferências nacionais de pesca e aquicultura, promovidos pelo governo federal a partir de 2003, as mulheres começaram a se organizar de forma mais articulada, o que resultou, em 2006, na Articulação Nacional das Pescadoras (ANP). “O surgimento da ANP surgiu da força de vontade das pescadoras, nós tivemos que nos impor diante de um meio dominado pelos homens, formulamos nossa carta de fundação, com nossos princípios e bandeiras de lutas, começamos nossos encontros nacionais e mostramos nossa capacidade de nos articularmos e pressionarmos o Estado para conquistar nossos direitos”, declarou uma das participantes.

Com a releitura da história da ANP, ficou clara a sua importância para o protagonismo das mulheres pescadoras na luta pelos seus direitos. As participantes passaram a relatar denúncias de opressões que passam por serem mulheres e como o engajamento na ANP as ajuda a superar e a lutar contra esse tipo de violência.

“Mulher pescadora pode chegar lá!”, a mensagem cantada encerrou os primeiros momentos da ocasião. Os próximos dias serão de mais debates; haverá a estruturação de estratégias de luta para garantir os direitos previdenciários e a saúde de qualidade para as pescadoras, foco do Encontro desse ano. Além disso, serão discutidos os próximos passos da ANP, como fortalecer a organização e suas bandeiras de luta, e elencadas as prioridades para os próximos anos.